Hoje tive mais uma reunião com a equipe da disciplina Banco de Dados, na qual sou monitor. Ouvi um comentàrio interessante (pelo menos para mim) que me chamou a atenção mais uma vez. Um dos membros da equipe disse: "a turma X participou bastante dos TDs (trabalhos dirigidos) e praticamente todos foram ao quadro".
Esse é um elemento pedagògico que na minha memòria reside na escola fundamental. Durante a universidade lembro-me de uma ou duas vezes do professor pedir para algum voluntàrio vir resolver o exercìcio no quadro. Como eu tenho um hiato de 3 anos de matrìcula trancada, talvez là nos fundamentos do curso os professores chamassem mais vezes (se é que chamavam) os alunos ao quadro.
Percebi este "hàbito pedagògico" aqui na França em outros dois momentos: 1) quando cursei as disciplinas do mestrado e algumas vezes o professor perguntava se alguém queria ir ao quadro durante os TDs; e 2) pelos comentàrios e discussões sobre o "ir ao quadro" no treinamento para monitores no fim do ano passado. Comentei com minha esposa outro dia e ela disse que também percebeu, pois nos TDs que ela tem no curso de Psicologia os professores também fazem o mesmo.
Estou ministrando Estrutura de Dados no CNAM (afiliado à Ensimag, instituição onde sou monitor) e tenho convidado aos alunos à irem ao quadro. Sempre são receptivos, e fazem questão de ir. Teve um que até falou baixinho, mas de um jeito que queria ser ouvido: "eu gosto de ir ao quadro". Não vou entrar nos detalhes pedagògicos do ir/não ir ao quadro, sair da zona de conforto, vantagens/desvantagens desta abordagem, etc. Como é normal aqui, estou aderindo à esta pràtica, visto que faz parte da formação dos estudantes. Em terra de sapo, de còcoras com eles. Provavelmente levarei esta pràtica comigo para onde eu for.
Deixo aqui registrada minha percepção deste fato particular, pelo menos em relação à minha formação.
Um comentário:
Orgulho de ser Nordestina e de ter um marido como tu! :oP
AMO muito!!!
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