Apesar da anunciada pausa, nao tive como nao escrever esse post, "vomitado" mesmo e sem a releitura/correçao que tento fazer de vez em quando.
Acordei às 3:30 da manha, pra aproveitar o silêncio da madrugada, a filha dormindo, e o cérebro descansado.
Ca estou eu, escrevendo no maior fluxo.
Chega o gato (ou gata, Polly, para vos apresentar o bichano), sobe na escrivaninha e me atrapalha como faz com frequência, pedindo carinho dando cabeçada no meu braço enquanto digito. Hoje ela nao inventou de deitar no teclado do laptop, como faz sempre. O gato adormece ao lado do laptop e posso continuar escrevendo com as duas maos. Depois de alguns minutos as pecinhas do quebra cabeça começam a flutuar na minha mente novamente.
Tudo ficando claro de novo. As pecinhas se encaixando, eu escrevendo e conseguindo organizar e resumir minha opiniao sobre um conceito confuso, que tem mais de 15 definiçoes diferentes. Penso: "ainda bem que minha filha nao acordou pra atrapalhar o racicionio". Parece piada. Adivinha. Acho que ela ouviu meu pensamento. Preciso aperefeiçoar meus dons telepaticos com o Professor Xavier, dos X-Men. So pode ser telepatia, ou tentao macumba, voodoo haitiano, mau olhado, urucubaca ou o que você der nome.
La vou eu ao quarto dela. A chupeta tinha caido da boca dela. Coloco a "pepê" de volta ao devido lugar. Minha filha se poe de joelhos no berço, levanta os dois braços e olha pra mim com um olhar de cao sem dono, quase chorando. Pego-a nos meus braços, ninando daqui, dali. Depois de alguns minutos, tento coloca-la no berço. Uéeeeeeeeeeeen. Déjà vu:
Nunca cheguei a entrar no berço, como o cara do video do youtube, mas ja houve ocasioes dela nao querer ficar sozinha. Tento ninar de novo. Depois de alguns minutos o meu "teste" para ver se ela esta dormindo. Levanto a maozinha dela e solto. Se ela cair sem resistencia o sono pegou legal. Se houver algum movimento de resposta, nada feito. Ela agarra meu dedo e mexe o braço. Logo, neném tava ainda meio acordada.
Desisto e volto para o computador. Com ela nos braços. Depois de ler isso, minha esposa, que quase nao tem dormido também na correria que andamos, eu escrevendo a dissertaçao do doutorado e ela o tal do "mémoire" do mestrado, vai reclamar dizendo "porque nao me chamou?". Nao vou nem repetir que ela nao tem dormido também.
Voltando ao ocorrido, la estava eu de volta ao computador. Desta vez em uma posiçao nao muito boa para a coluna, pra ficar confortavel pro bebê dormir. A pancinha acumulada nos ultimos anos ajuda como travesseiro. Basta se inclinar na cadeira e voilà, uma caminha de bebê. Olho para o texto. O cérebro "broxou". Cadê as pecinhas do quebra cabeça que estavam ali?
Vim escrever aqui, pra contar a "piada". Espero que um dia minha filha leia isso. Daqui até la provavelmente aperfeiçoaremos nossa comunicaçao mental.