segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Canção do Exílio

Ate' agora, de aves, so' vi pardais, pombos, uma ave branca e preta q nao sei o nome, e corvos. O unico que se aventura a "cantar" e' o corvo, com seu grunhido macabro. Tanta natureza preservada nos Alpes, mas parece que o frio deixa as aves e plantas meio depressivas. O silencio de hoje a tarde me fez lembrar Gonçalves Dias:

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

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